Numa aldeia isolada do Alentejo, vive-se um conflito. José Vitorino, um dos maiores proprietários da região rica em monumentos pré-históricos, pretende construir um luxuoso solar num terreno com pedras antiquíssimas, local de devoção e prática de ritos sagrados. Indiferente aos protestos do povo, que acredita nos poderes mágicos das «pedras santas» e que atribui à respectiva destruição a seca prolongada que se tem sentido na região, José Vitorino contrata um arquitecto para lhe fazer o projecto da nova casa. Na véspera de Natal, em pleno solstício de inverno, uma estranha cerimónia à volta de uma anta, altar de sacrifícios sangrentos em tempos remotos da pré-história, despoleta um feitiço nefasto. Inicia-se uma luta «contra o tempo» para anular os efeitos do ritual defeituoso.
Argumento e Realização: António de Macedo
Direcção de Fotografia: Elso Roque
Som: Quintino Bastos
Desenho de Som: João Ganho
Efeitos Sonoros: João Ganho
Efeitos Visuais: Irmã Lúcia
Montagem: António de Macedo, Rui Ribeiro e Susana de Sousa Dias
Música: António de Sousa Dias
Montagem e Mistura de Música: João Ganho
Perchista: Emídio Buchinho
Pós-Produção Áudio: Cláudia Pereira da Silva
Produtor: Ansgar Schaefer
Produção: Kintop
António de Macedo (1931-2017), um dos pioneiros do Cinema Novo português, nasceu em Lisboa a 5 de julho de 1931. Após a licenciatura em arquitectura, trabalhou na Câmara Municipal de Lisboa como arquitecto, carreira que abandonou para trabalhar como realizador. Iniciou a carreira de cineasta com os curtas de vanguarda Verão Coincidente e Nicotiana (1963). A sua primeira longa-metragem Domingo à Tarde, 1965, foi apresentada na Selecção Oficial do Festival de Veneza e A Promessa, 1973, na Seleção Oficial do Festival de Cannes.
Durante a ditadura, os seus filmes quase sempre entraram em conflito com a censura portuguesa. Após a revolução dos cravos (1974), Macedo trabalhou intensamente em muitos filmes e séries de televisão de carácter político. Ao mesmo tempo, continuou a fazer longas-metragens de ficção, como O Princípio da Sabedoria ou As Horas de Maria. Esta última, quando lançada em 1979, foi fortemente atacada pela Igreja católica portuguesa sob a acusação de “blasfémia” e “ultraje moral e religioso”.
Não obstante a sua extensa e original filmografia, as candidaturas de Macedo a apoios de financiamento do Ministério da Cultura de Portugal foram sistematicamente rejeitadas. Sem poder continuar a filmar, Macedo prosseguiu com as suas outras vocações, nomeadamente a investigação e o ensino da teoria e estética do cinema, a escrita de ficção especulativa, bem como sobre religião comparada. António de Macedo é autor de uma vasta colecção de livros e ensaios.
Numa aldeia isolada do Alentejo, vive-se um conflito. José Vitorino, um dos maiores proprietários da região rica em monumentos pré-históricos, pretende construir um luxuoso solar num terreno com pedras antiquíssimas, local de devoção e prática de ritos sagrados. Indiferente aos protestos do povo, que acredita nos poderes mágicos das «pedras santas» e que atribui à respectiva destruição a seca prolongada que se tem sentido na região, José Vitorino contrata um arquitecto para lhe fazer o projecto da nova casa. Na véspera de Natal, em pleno solstício de inverno, uma estranha cerimónia à volta de uma anta, altar de sacrifícios sangrentos em tempos remotos da pré-história, despoleta um feitiço nefasto. Inicia-se uma luta «contra o tempo» para anular os efeitos do ritual defeituoso.
Argumento e Realização: António de Macedo
Direcção de Fotografia: Elso Roque
Som: Quintino Bastos
Desenho de Som: João Ganho
Efeitos Sonoros: João Ganho
Efeitos Visuais: Irmã Lúcia
Montagem: António de Macedo, Rui Ribeiro e Susana de Sousa Dias
Música: António de Sousa Dias
Montagem e Mistura de Música: João Ganho
Perchista: Emídio Buchinho
Pós-Produção Áudio: Cláudia Pereira da Silva
Produtor: Ansgar Schaefer
Produção: Kintop
António de Macedo (1931-2017), um dos pioneiros do Cinema Novo português, nasceu em Lisboa a 5 de julho de 1931. Após a licenciatura em arquitectura, trabalhou na Câmara Municipal de Lisboa como arquitecto, carreira que abandonou para trabalhar como realizador. Iniciou a carreira de cineasta com os curtas de vanguarda Verão Coincidente e Nicotiana (1963). A sua primeira longa-metragem Domingo à Tarde, 1965, foi apresentada na Selecção Oficial do Festival de Veneza e A Promessa, 1973, na Seleção Oficial do Festival de Cannes.
Durante a ditadura, os seus filmes quase sempre entraram em conflito com a censura portuguesa. Após a revolução dos cravos (1974), Macedo trabalhou intensamente em muitos filmes e séries de televisão de carácter político. Ao mesmo tempo, continuou a fazer longas-metragens de ficção, como O Princípio da Sabedoria ou As Horas de Maria. Esta última, quando lançada em 1979, foi fortemente atacada pela Igreja católica portuguesa sob a acusação de “blasfémia” e “ultraje moral e religioso”.
Não obstante a sua extensa e original filmografia, as candidaturas de Macedo a apoios de financiamento do Ministério da Cultura de Portugal foram sistematicamente rejeitadas. Sem poder continuar a filmar, Macedo prosseguiu com as suas outras vocações, nomeadamente a investigação e o ensino da teoria e estética do cinema, a escrita de ficção especulativa, bem como sobre religião comparada. António de Macedo é autor de uma vasta colecção de livros e ensaios.