PORQUE É QUE MOSTRAMOS AS HORAS DA LUZ E DA ESCURIDÃO NO MESMO CÍRCULO? [NÚMEROS] + PELO MAR ESCUTAMOS O MUNDO de Susana de Sousa Dias (2024)
Porque é que Mostramos as Horas da Luz e da Escuridão no Mesmo Círculo? [Tentativa], vídeo HD, som multicanal, 13’, 2024
Pelo Mar Escutamos o Mundo, vídeo interactivo, som acessível via QR Codes, duração variável, 2024
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Porque é que mostramos as horas da luz e da escuridão no mesmo círculo? [Tentativa]
“Porque é que [...]” é uma instalação de dupla-face que toma o seu título de uma passagem do romance Austerlitz de W.G. Sebald. Com diferentes tempos encastrados, a Fazenda consiste num microcosmos do que foi o projecto colonial e as suas ramificações no presente. A par das edificações coloniais, novas construções foram-se erigindo, algumas encontrando-se, já elas próprias, em estado de suspensão. A imagem fotográfica de um dos lados do écran foi tirada durante uma das missões geográficas portuguesas de delimitação das fronteiras de Angola, posterior à conferência de Berlim e à divisão territorial de África pelas potências europeias. Ambos os lados são articulados pela voz do Servo do Povo, nome de guerra de Gonçalves Francisco António, antigo guerrilheiro angolano que carrega dentro de si 500 anos de colonialismo. É relevante notar que o termo colonial desapareceu do léxico contemporâneo para descrever conflitos em curso que, na essência, continuam a ser de natureza colonialista.
Pelo Mar Escutamos o Mundo
“Pelo mar escutamos o mundo” é um vídeo multinarrativo que, entrelaçando o documental, o lendário e o evocativo, apresenta diferentes narrativas para um mesmo espaço, simultaneamente questionando a construção da História. Através da interacção com QR codes — parte integrante do filme —, cabe a cada espectador, recorrendo ao seu telemóvel e sem uso de auriculares, escolher o que ouvir a cada momento. A audibilidade ou não das palavras, o facto de constituírem discurso ou mero ruído, depende da quantidade de espectadores presentes, do volume dos dispositivos e das escolhas de cada um a cada momento.
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Porque é que mostramos as horas da luz e da escuridão no mesmo círculo? [Tentativa], 2024
Com: Gonçalves Francisco António, o Servo do Povo
Imagem: João Ribeiro
Imagem adicional: Susana de Sousa Dias, Ansgar Schaefer
Som: Armanda Carvalho, Ansgar Schaefer
Montagem: Susana de Sousa Dias
Sound design: Mariana Vieira, Susana de Sousa Dias
Coordenação de som: António de Sousa Dias
Mistura de Som: Tiago Matos | Walla Colective
Correcção de cor: Gonçalo Ferreira | Irmã Lúcia
Produção: Ansgar Schaefer | Kintop
Co-Produção: Maria Rojas Arias e Andrés Jurado | La Vulcanizadora
Produção em Angola: Jorge António, Henrique Santos, Sebastião Chitalo, Wholoffe Barroso
Apoio logístico: Criacom, Angola
Arquivo: Universidade de Lisboa / Instituto de Investigação Tropical
Desenvolvimento: MacDowell, DAAD Artists-in-Berlin Program, CIEBA-Centro de investigação e Estudos em Belas-Artes, Universidade de Lisboa
Apoio à produção: Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Galego de Arte Contemporânea
Agradecimentos: Teresa Flores, Catarina Mateus, Mathias Zeiske
Este trabalho beneficiou do uso da infraestrutura PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections)
Pelo Mar Escutamos o Mundo
Imagem: João Ribeiro
Imagem adicional: Susana de Sousa Dias, Ansgar Schaefer
Som: Armanda Carvalho
Narração: Maria Rojas Arias, Andrés Jurado
Cantora Lírica: Melvi Lumbungululo
Montagem: Susana de Sousa Dias, Mário Espada
Assistentes de Montagem: Letícia de Maio, Inês Silva
Correcção de cor: Gonçalo Ferreira | Irmã Lúcia
VFX: Mário Espada
Produção: Ansgar Schaefer | Kintop, António Câmara Manuel | Horta Seca
Apoio ao desenvolvimento: CIEBA-Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes, Universidade de Lisboa
Apoio à produção: dgARTES-Direção-Geral das Artes, Fundação Calouste Gulbenkian
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[2024] ‘Novos Imaxinarios’, Centro Galego de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela, Espanha