Rua dos Anjos é um filme construído a partir do encontro e da criação fílmica partilhada entre duas mulheres. Nele, relatam e testemunham histórias pessoais enquanto trocam algumas técnicas de seus respetivos ofícios: o trabalho sexual e o fílmico. Neste cenário, ambas se tornam realizadoras e personagens.
All international queries should be addressed to Impronta Films – info@improntafilms.com
Maria Roxo nasceu em Lourenço Marques (hoje Maputo), Moçambique. De pequena, gostava de brincar com os pés na terra, com os filhos dos trabalhadores do seu pai. Na juventude, entrou na faculdade de medicina. Por conta de rebeldias políticas, impulsionadas pelas aulas do professor Zeca Afonso (músico de protesto), como castigo, foi encaminhada para a frente de batalha na guerra colonial. Lá descobriu a morfina como uma maneira para fugir da violência da realidade que vivia. Depois da Revolução dos Cravos (25 de Abril), chegou à Lisboa. Para manter a adicção herdada pela guerra, foi trabalhadora sexual por mais de 20 anos. Os anos de ballet clássico fizeram-na uma exímia stripper. Nas casas de alterne, acompanhou e acolheu a história dos homens que passaram por ali. Como prostituta de rua, lembrou-se dos horrores da guerra. Nunca se sentiu pertencente à Portugal. Sonhava voltar um dia à Moçambique. Maria sempre soube que sua vida daria um filme. Começou a filmá-lo em 2016, quando conheceu Renata Ferraz.
Renata Ferraz nasceu em São Paulo, Brasil. No meio do caos da megalópole, licenciou-se em Artes Cénicas e foi atriz por 20 anos. Participou de grupos de pesquisa teatrais e também trabalhou com encenadores reconhecidos no Brasil e fora dele. As violências sofridas na cidade e na profissão, misturadas com a paixão pela imagem em movimento fizeram-na partir para Londres e, depois, Lisboa. Começou com a criação em vídeo arte e posteriormente, curtas de ficção. Considera os processos de construção de um filme espaço de experimento e de investigação. Em Lisboa, fez mestrado em Multimedia – Audiovisuais e Doutoramento em Artes Performativas e da Imagem em Movimento. Do teatro, herdou o prazer pela criação coletiva. Decidiu fazer um filme a partir da realização partilhada com alguém que não pertencesse ao mundo do cinema ou outras artes. Soube que o seu projeto sairia do plano das ideias quando conheceu Maria Roxo.
Rua dos Anjos é um filme construído a partir do encontro e da criação fílmica partilhada entre duas mulheres. Nele, relatam e testemunham histórias pessoais enquanto trocam algumas técnicas de seus respetivos ofícios: o trabalho sexual e o fílmico. Neste cenário, ambas se tornam realizadoras e personagens.
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Maria Roxo nasceu em Lourenço Marques (hoje Maputo), Moçambique. De pequena, gostava de brincar com os pés na terra, com os filhos dos trabalhadores do seu pai. Na juventude, entrou na faculdade de medicina. Por conta de rebeldias políticas, impulsionadas pelas aulas do professor Zeca Afonso (músico de protesto), como castigo, foi encaminhada para a frente de batalha na guerra colonial. Lá descobriu a morfina como uma maneira para fugir da violência da realidade que vivia. Depois da Revolução dos Cravos (25 de Abril), chegou à Lisboa. Para manter a adicção herdada pela guerra, foi trabalhadora sexual por mais de 20 anos. Os anos de ballet clássico fizeram-na uma exímia stripper. Nas casas de alterne, acompanhou e acolheu a história dos homens que passaram por ali. Como prostituta de rua, lembrou-se dos horrores da guerra. Nunca se sentiu pertencente à Portugal. Sonhava voltar um dia à Moçambique. Maria sempre soube que sua vida daria um filme. Começou a filmá-lo em 2016, quando conheceu Renata Ferraz.
Renata Ferraz nasceu em São Paulo, Brasil. No meio do caos da megalópole, licenciou-se em Artes Cénicas e foi atriz por 20 anos. Participou de grupos de pesquisa teatrais e também trabalhou com encenadores reconhecidos no Brasil e fora dele. As violências sofridas na cidade e na profissão, misturadas com a paixão pela imagem em movimento fizeram-na partir para Londres e, depois, Lisboa. Começou com a criação em vídeo arte e posteriormente, curtas de ficção. Considera os processos de construção de um filme espaço de experimento e de investigação. Em Lisboa, fez mestrado em Multimedia – Audiovisuais e Doutoramento em Artes Performativas e da Imagem em Movimento. Do teatro, herdou o prazer pela criação coletiva. Decidiu fazer um filme a partir da realização partilhada com alguém que não pertencesse ao mundo do cinema ou outras artes. Soube que o seu projeto sairia do plano das ideias quando conheceu Maria Roxo.